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Uma Vida
Estressante
Em função
do ritmo alucinante que parece impelir autoritariamente a
era moderna, os moradores das grandes cidades, principalmente,
parecem ter cada vez menos tempo, fenômeno que avança até
a idade adulta, amenizando-se para os aposentados com uma
estabilidade financeira que permita, enfim, o descanso. Ficam
sem tempo para a prática de atividades físicas e boas noites
de sono, para consultar regularmente médicos e alimentar-se
adequadamente, optando pela praticidade oferecida por todos
aqueles "enlatados", "engarrafados", "plastificados" que veêm
a todo instante na tv, nas ruas, a um palmo deles. Com isso,
cada faixa etária tem um nível de prejuízo nutricional ao
se alimentar freqüentemente com alimentos industrializados.
Portanto, devemos nos perguntar: De quem deve partir a iniciativa
da consciência alimentar?
A criança
pode ter crescimento e desenvolvimento comprometidos ao substituir
uma refeição bem balanceada por lanches. Nesse caso, ela desaprende
a comer frutas, legumes e verduras e forma maus hábitos alimentares.
Por isso, cabe aos pais ensinar ao filhos que os sanduíches
ou salgadinhos devem ser eventuais. Já o adolescente corre
o risco de se tornar obeso (a criança, mesmo com menos freqüência,
também corre esse risco), o que compromete sua saúde e, na
maioria das vezes, pode comprometer sua vida social. O consumo
de gordura em excesso, combinado à variação hormonal pela
qual o jovem passa, contribuem para esse processo. Os adolescentes
criam uma espécie de "dependência social" em relação às lojas
de fast food. A lanchonete é o lugar onde ele conheceu alguém,
onde vai com amigos, ou seja, é um ponto de encontro. Para
que isso não seja nocivo, o adolescente deve ser estimulado
a fazer uma atividade física e a buscar prazer em outros locais
de convívio social.
Entre
os problemas que o adulto pode ter com o passar dos anos estão
a osteoporose, diabetes, colesterol alto, hipertensão. Todos
decorrentes de hábitos alimentares inadequados durante sua
vida. Como se trata de um processo em cadeia, o prejuízo pode
ser ainda maior para os idosos que continuem cultivando maus
hábitos alimentares. Se estes últimos não se conscientizarem
ainda na fase adulta, cabe aos mais jovens, geralmente filhos
e parentes, seu esclarecimento e tratamento necessário. Muitas
pessoas recorrem aos lanches rápidos, alegam falta de tempo
para se alimentar. O problema não é a falta de tempo, mas
a falta de educação nutricional. O apelo é grande e tantas
as variedades, mas é possível montar uma refeição equilibrada
em casa ou num self-service, desde que as pessoas saibam se
servir.
Uma dica
importante é saborear e mastigar lentamente cada um dos alimentos.
Isso garante uma boa digestão e maior absorção dos nutrientes
pelo organismo.
Com relação
às refeições intermediárias, o problema é semelhante. Na lanchonete,
as pessoas preferem o refrigerante ao suco natural, que é
rico em fibras. Mas, se além do tempo, falta dinheiro, o ideal
é se alimentar com frutas, pão, leite em pó. O importante
é incorporar bons hábitos alimentares, por isso, comece trocando
o chocolate que você carrega na bolsa, por uma maçã ou banana
passa, encontrada facilmente em supermercados e conveniências,
que, além de ser um alimento muito prático e gostoso, apresenta
muitos nutrientes. A partir desses simples atos, outros serão
incorporados a medida que descubra como é gostoso e revigorante
se alimentar saudavelmente.
Uma segunda
pergunta se faz necessária: Sua dieta é uma composição balanceada
de proteínas, carboidratos, lipídios, fibras, vitaminas e
sais minerais? E você sabe em que porção deve ingeri-los?
Evidentemente, o ritmo de vida, a necessidade de determinados
nutrientes em maior ou em menor quantidade, em intervalos
de horário específicos varia de um organismo para o outro.
Portanto, uma orientação medica é indispensável, principalmente,
se o indivíduo apresentar níveis de colesterol elevados ou
esteja muito acima do peso.
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