Calendários das Apresentações 2007.2
O Grupo de Pesquisa em Cibercidade (GPC) divulga o seu calendário de atividades para 2007.2. Nesse semestre além das apresentações habituais, no mês de novembro haverá a discussão de artigos sobre Comunicação, Novas tecnologias digitais e mobilidade.
Agosto
27/08 - Macello
Setembro
10/09 - José Carlos
17/09 - Fernando
24/09 - Luana
Outubro
01/10 - Julio
08/10 - Adelino
22/10 -Danilo
29/10 - Karla
Novembro
5/11 - Macello
12/11 - será feita a discussão de texto base
19/11 - será feita a discussão de texto base
26/11 - será feita a discussão de texto base
Dezembro
03/12 - Juana
CONFERÊNCIA CIBERCULTURA - TICS, MODA E ESPAÇOS URBANOS
LOCATIVE MEDIA – TICS E ESPAÇOS URBANOS NO SÉCULO XXI
O Goethe Institut-ICBA e o GPC/PPGCCC/Facom da Universidade Federal da Bahia dão continuidade ao ciclo de conferências Cibercultura – Tecnologia, Sociedade e Cultura no Século XXI, nessa quarta, às 19h, no Teatro do Goethe Institut-ICBA, com entrada gratuita. Com o tema "Locative Media – TICS e espaços urbanos no século XXI" , a conferência traz a Salvador os pesquisadores prof. Dr. José Rodrigo Firmino (PUC-PR) e a prof. Dra. Lucia Leão (PUC-SP), que ao lado do Prof. Dr.
André Lemos (UFBA) vão discorrer sobre temas como a nova compreensão do espaço urbano e do corpo no mundo contemporâneo. A mediação da conferência é do prof. Dr. José Carlos Ribeiro (PPGCCC/UFBA).
Rodrigo Firmino vai apresentar na conferência o trabalho "Desafios do Espaço Contemporâneo - A cidade ampliada e a influência das tecnologias da informação e comunicação na compreensão e uso do espaço". O pesquisador tem publicado sobre teoria da arquitetura e do urbanismo, especialmente na área de interface entre as cidades e o desenvolvimento das tecnologias telemáticas, assim como em políticas públicas para o desenvolvimento urbano-tecnológico.
Lúcia Leão, artista, escritora e pesquisadora na área de artes e tecnologias, também falará sobre esta nova configuração do cotidiano das cidades. Nessa conferência, ela apresentará o trabalho " Modus vivendi em realidades cíbridas: percepção e consciência do corpo na cibercultura". É autora dos livros "O Labirinto da Hipermídia", "A Estética do Labirinto", "O Chip e o Caleidoscópio", entre outros. Projetos em net-arte e textos disponíveis em:
http://www.lucialeao.pro.br/
Locative Media, TICs e Cidades
Ciberpesquisa promove debate sobre Mídia Locativa no ICBA
Mesa sobre "Locative Mídia" dentro do evento Cibercultura do Ciberpesquisa, GPC e ICBA com apoio da CAPES. Teremos a presença dos professores Rodrigo Firmino da PUC-PR e Lucia Leão, da PUC-SP. O evento é gratuito e faz parte do Ciclo Internacional de Debates sobre Cibercultura, organizado pelo Ciberpesquisa. O debate será no dia 15 de agosto, as 19h no auditório do ICBA no Corredor da Vitória.
O GPC estará lançando nesse dia o blog/mapeamento do projeto Wi-Fi Salvador, mapeando todos os hotspots públicos de Salvador.
Divulguem e Participem!

Mídia Locativa é um conjunto de tecnologias e processos info-comunicacionais cujo conteúdo informacional vincula-se a um lugar específico. Locativo é uma categoria gramatical que exprime lugar, como “em”, “ao lado de”, indicando a localização final ou o momento de uma ação. As mídias locativas são dispositivos informacionais digitais cujo conteúdo da informação está diretamente ligado a uma localidade. Isso implica uma relação entre lugares e dispositivos móveis digitais até então inédita. Esse conjunto de processos e tecnologias caracteriza-se por emissão de informação digital a partir de lugares/objetos. Esta informação é processada por artefatos sem fio como GPS, telefones celulares, palms e laptops em redes Wi-Fi ou Wi-Max, Bluetooth, ou etiquetas de identificação por rádio freqüência, RFID. As mídias locativas são utilizadas para agregar conteúdo digital a uma localidade, servindo para funções de monitoramento, vigilância, mapeamento, geoprocessamento (GIS), localização... Dessa forma, os lugares passam a dialogar com dispositivos informacionais, enviando, coletando e processando dados a partir de uma relação entre informação digital, localização e artefatos digitais móveis. Várias empresas, mas também artistas e ativistas, têm utilizado a potência das mídias locativas como forma de marketing, publicidade e controle de produto, mas também como escrita e releitura do espaço urbano, como forma de apropriação e resignificação das cidades.
(André Lemos)
Jornal A tarde publica matéria sobre Wi-Fi Salvador
O jornal A tarde publicou na semana passada uma reportagem sobre o mais novo projeto do GPC, o Wi-Fi Salvador. Abaixo a matéria na íntegra.
Salvador, Cibercidade?
Na praça de alimentação do Shopping Barra, as mesas que antes eram povoadas por gente faminta começam a receber pessoas interessadas em algo que pouco tem a ver com os fast-foods: a internet. Ali há um hotspot, ponto com conexão sem fio. Assim como o shopping, outros lugares, idéias e serviços estão reinventando a relação de Salvador com seus habitantes. Mas, afinal, uma cidade de desigualdade social tão nítida pode se proclamar ciber?
Para o professor da Faculdade de Comunicação da Ufba André Lemos, podem-se chamar de ciber [do grego kubernetes: cibernética, cultura pilotada pela tecnologia] as cidades que oferecem a seus habitantes as condições para o aproveitamento da tecnologia da informação."Em todas as metrópoles brasileiras, essa estrutura já está presente em nosso dia-a-dia, através dos celulares, internet, cartões inteligentes, lan houses, cibercafés e, agora, a fase da tecnologia sem fio [wi-fi]".André considera que Salvador não está no mesmo patamar de outras metrópoles. "Salvador é ciber, mas a seu ritmo. Não dá pra comparar com São Paulo, muito menos com as grandes cidades dos Estados Unidos e do Oriente".
Apesar disso, a capital baiana tem iniciativas inovadoras, embora pouco conhecidas. Uma delas é o MobTour, um aplicativo que, instalado em celulares com acesso à internet e com suporte a softwares em Java, permite que o usuário tenha informações sobre a cidade a qualquer momento e em qualquer lugar. O programa oferece informações sobre shows, programação dos cinemas, hotéis, shoppings e supermercados.O diretor de conteúdo da MobTour, Adhemar Fontes, diz que o programa torna a vida mais objetiva. "Você pode estar na rua e ver pelo seu celular os filmes que estão nos cinemas. Também disponibilizamos promoções de compras. Então, ao chegar ao shopping, você já vai saber das promoções".O MobTour tem ainda canais segmentados, como GLS e Gospel, que, segundo Adhemar, evitam que o usuário passe por situações embaraçosas. "Por exemplo, o gay, que muitas vezes não consegue obter algum tipo de informação por receio de passar por uma situação constrangedora, tem a possibilidade de acessá-la na palma da mão, de forma discreta".
Serviço semelhante, o Apontador fornece mapas das maiores cidades do Brasil na tela do celular. Dessa forma, se o usuário tem dúvida sobre como chegar a um destino, pode consultar o programa, que define a melhor rota.Assim como o MobTour, o Apontador não cobra taxa de pagamento pelo download do aplicativo. A tarifação é feita pela operadora, a depender do custo do acesso à internet. ADMINISTRAÇÃO – Uma das primeiras mudanças significativas para transformar a relação de Salvador com seus habitantes foi criação do Serviço de Atendimento ao Cidadão [SAC], em 1995.Para Elias Santana, diretor de relações institucionais da Companhia de Processamento de Dados da Bahia [Prodeb], responsável pela infra-estrutura sistema de informática do SAC, a iniciativa não só tornou mais ágil processo de feitura de documentos, como reduziu a burocracia no serviço público. "O SAC é uma inovação na gestão pública. Conectou os mais distantes órgãos públicos. O cidadão tem acesso a quase todos os serviços do governo num só lugar", opina.
A digitalização dos serviços prestados pelos governos, porém, não depende somente de iniciativas como o SAC. Os portais de Estados e municípios também podem ser importantes para a interação cidadão-poder público, por meio das novas tecnologias: é o chamado governo eletrônico.Segundo o professor-adjunto da Faculdade de Administração da Ufba José Antônio Pinho, as páginas das administrações públicas baianas já oferecem muitas informações. "Deste ponto de vista, já há, tanto no Estado quanto em municípios, uma utilização positiva para facilitar a vida do cidadão, ainda que pudesse ser algo ainda mais aprofundado".O site da Prefeitura de Salvador, por exemplo, já oferece alguns serviços informatizados, como consulta aos acervos de bibliotecas, itinerário das linhas de ônibus e catálogos de clínicas e hospitais com atendimento pelo SUS.
A reportagem, porém, encontrou pouquíssimos sites de cidades do interior baiano.Pinho admite que sites do governo e de prefeituras baianas têm muito o que evoluir, principalmente quando se fala em transparência e interação. "Os portais ainda não abriram formas de comunicação da população com o setor público. Ainda estamos longe de uma democracia digital".Andre Lemos tem opinião semelhante. "Já há, em alguns portais, a possibilidade de fazer boletins de ocorrência, mas é provável que você não seja atendido em tempo hábil. Não adianta ter um serviço on-line se for para esbarrar na infra-estrutura precária dos governos". Pinho acredita que, para Salvador poder se dizer ciber, é preciso, antes, revolucionar a educação.
Texto:Camilla Costa e Felipe Paranhos