GRUPO DE PESQUISA EM CIBERCIDADE - GPC
Introdução à arte eletrônica - Resenha da aula de Karla Brunet


Em palestra realizada para os alunos da graduação da Faculdade de Comunicação da UFBA, a pesquisadora doutora do Grupo de Pesquisa em Cibercidade, GPC, Karla Brunet fez uma introdução à arte eletrônica. A idéia era fazer com que os alunos da disciplina Comunicação e Tecnologia, conhecessem o que é arte eletrônica e os tipos de trabalhos existentes para que num futuro interesse, pudessem buscar informações para aprofundar o conhecimento sobre o tema.
ARTE ELETRÔNICA


Generalizando, arte eletrônica é o trabalho artístico que faz uso da tecnologia e da mídia eletrônica. Considera-se, também, trabalhos que fazem referência à mídia eletrônica, como os que a criticam. As terminologias usadas para este tipo de arte variam muito de autor para autor, alguns consideram arte digital ou arte computadorizada como sinônimos de arte eletrônica, outros as consideram como ramificações.
A apresentação expôs trabalhos desde os anos 60 até hoje em dia para mostrar que arte eletrônica não é algo tão novo assim. Para ilustrar isto, primeiramente foram apresentados trabalhos mais antigos de vídeo arte, lazer e hologramas. Fez-se, também, um pouco de questionamento sobre as diversa terminologias existentes, especialmente a de “new media art”.
Abaixo alguns links para site, apresentados em aula. Para cada obra apresentada foi comentado um pouco sobre o estilo do autor, como a obra foi realizada, os tipos de mídia usados e as intenções pretendidas. A aula foi finalizada com a animação Guernica, de Marcelo R. Ortiz (
http://www.mrsolo.com/guernica.html) e um vídeo de Johnny Ranger (
http://www.mindroots.com)
. vídeo arte
Os artistas/obras apresentadas:
Nam June Paik - Electronic Superhighway, Arc Double Face, Magnet TV, TV Clock
Martha Rosler - Semiotics of the Kitchen http://home.earthlink.net/~navva/video/index.html
Bill Viola - Surrender, Stations
Studio Azzurro - Prologo, Il nuotatore, Rilievo della parte emersa
. telecommunication art (arte das telecomunicações)
Paul Sermon -The Tables Turned
. Luz, lazer e holograma
Stephen Antonakos - Hnaging Neon (1965)
Bruce Nauman - Green Light Corridor (1970)
Wen-Ying Tsai - cybernetic sculpture (1979)
Philippe Boissonnet (1989)
Paul Friedlander - "escultura cinética”- ArtFutura 2002
. Computer art / computer graphics / Computer-generated art
fractal (MIT Museum)
Jenny Holzer (trabalhos com LEDs) http://www.designboom.com/contemporary/holzer.html
. imagem digital/fotografia digital
Keith Cottingham - Fictitious Portraits http://www.kcott.com/
Nancy Burson - First and Second Beauty Composites, Androgyny, Mankind http://www.nancyburson.com/early_fr.html
. Kinetic sculpture e Robótica
Theo Jansen http://www.strandbeest.com
Sterlac - Robot arm, Amplified Body, Third Hand - http://www.stelarc.va.com.au
. bio arte
Eduardo Kac - GFP Bunny: http://www.ekac.org/gfpbunny.html
. arte interativa
Jeffrey Shaw (The Legible City) http://www.medienkunstnetz.de/works/the-legible-city/video/1/
Luc Courchesne - Portrait no.1, 1990
Edmond Couchot, Michel Bret and Marie-Hélène Tramus - I sow to the four winds
Christa Sommerer & Laurent Mignonneau - The interactive plant growing http://www.mic.atr.co.jp/~christa/LINKS/NTT2/explan_p_e.html
Rafael Lozaono-Hemmers - Body Movies http://www.lozano-hemmer.com/video/bodymovies.html
Dan Sandin - The cave ‘virtual theater’ http://www.khm.de/~digitale/digitale95/guests/sandin.html
Golan Levin and Zach Lieberman- Messa di Voce http://tmema.org/messa/messa.html
Adrian David Cheok, Hirokazu Kato,Ars Electronica Futurelab - Gulliver's Box
Hiroshi Ishii, Ben Piper, Carlo Ratti, Yao Wan, Assaf Biderman, Tangible Media Group, MIT Media Lab- An Illuminated Workbench for Landscape Design
Usman Haque - Sky Ear http://www.haque.co.uk/skyear/
Eduardo Kac - Rara Avis http://www.ekac.org/raraavis.html
. net.art / internet art
JODI - http://wwwwwwwww.jodi.org/
0100101110101101 - http://0100101110101101.org/
Vuk Cosic http://www.ljudmila.org/~vuk/
Giselle Beiguelman http://www.desvirtual.com/info.htm
. software art
Casey Reas and Benjamin Fry, Processing (programming language)
http://www.processing.org/, http://mobile.processing.org/, http://reas.com
Joshua Davis http://www.joshuadavis.com/
. gaming / jogos
Blast Theory - Can you see me now? www.canyouseemenow.co.uk/
PainStation http://www.painstation.de/
Andrew Hieronymi - Move http://users.design.ucla.edu/~ahierony/move/
. música eletrônica
Haco - Stereo Bugscope 00
Eliane Radigue SONGS OF MILAREPA
http://www.lovely.com/soundfiles/452952001_3b.mp3
alguns festivais
Ars Electronica www.aec.at
FILE www.file.org.br
Festival Vídeo Brasil Festival http://www.sescsp.org.br/sesc/videobrasil/site/
Readme http://readme.runme.org/
transmediale www.transmediale.de
REUNIAO DO GPC DE 14 DE SETEMBRO DE 2006
Leonardo Costa apresentou o andamento da pesquisa, mostrando primeiramente o artigo que concluiu seu trabalho monográfico e as novas implicações colocadas no modelo de análise proposto na dissertação.
1.Sinopse da exposição
O tema da inclusão digital tem sido pauta recorrente nos meios de comunicação e nos discursos de diversos atores da sociedade, mas poucos esforços têm sido feitos no intuito de analisar as implicações dos projetos na conjuntura atual. Muitos trabalhos são feitos descrevendo práticas, mas não há estudos comparativos entre as diversas propostas existentes nessa área, tomando como base algum referencial metodológico para tal análise. Este é o objetivo principal deste trabalho, ao tomar a construção de um modelo de análise que possa abarcar e avaliar as diversas propostas sobre inclusão digital.
Antes de apresentar o modelo discutiu-se rapidamente sobre a posição de alguns teóricos da área, e a construção de alguns quadros referenciais de estudo. Analisou-se a questão da inclusão digital do ponto de vista dos projetos que se nomeiam desta forma, tratando da questão da inclusão digital induzida. Antes de falar da inclusão, há uma separação entre a questão espontânea e a induzida.
Querendo-se ou não, atualmente o cidadão de qualquer grande cidade é confrontado com as TICs. Mesmo sendo de forma "espontânea", não abarca a totalidade da população, pois os maiores graus de exclusão colocam o individuo fora da realidade de cidadão, ficando à margem dos processos que ocorrem nas cidades. São formas de acesso e uso das TICs em que os cidadãos estão imersos com a entrada da sociedade na era da informação, tendo ou não alguma formação para tal uso. A simples vivência em metrópoles coloca o indivíduo em meio a novos processos e produtos em que ele terá que desenvolver capacidades de uso das TICs. A digitalização perpassa cada vez mais por diversos processos, e até em atividades corriqueiras do dia-a-dia estamos nos confrontando com questões que já não são mais analógicas, e que trazem, de certa forma, alguma novidade em relação ao que é informado/comunicado. Seguem alguns exemplos dessa imersão, através do acesso de alguns dispositivos eletrônicos: caixas eletrônicos, terminais de auto-atendimento, declarações tributárias, urnas eletrônicas, Salvador Card, celulares, cartões, DVD, gadgets, e objetos públicos.
Do lado induzido, trata-se dos projetos de inclusão às tecnologias eletrônicas e às redes de computadores que são executados por universidades, empresas privadas, instituições governamentais e/ou não governamentais; que serão analisados a partir de três grandes categorias de inclusão: técnica, econômica e cognitiva. É preciso recursos e habilidades para desfrutar as potencialidades desse novo meio, e nesse trabalho elenco uma série de subcategorias de análise.
2. Questões emergentes
* a questão da terminologia adotada a respeito dos "cursos de softwares básicos e avançados": associar a cognição à produção de conteúdo;
* duscutiu-se as diferentes exclusões nos países, centralizando no caso da África;
* questão do termo cognitivo: relacionando-o com o lado técnico;
* questão da estratificação: buscar um maior entendimento do que seria a exclusão dita e níveis dessa exclusão;
* questionou-se como será o juízo crítico dos princípios de como ensinar uma "cultura digital".
3. Bibliografia básica
LIMA, Jussara Borges de; e SILVA, Helena Pereira da. Inclusão digital: uma convergência de outros "is". In: JAMBEIRO, Othon; e STRAUBHAAR, Joseph (orgs.). "Informação e comunicação: o local e o global em Austin e Salvador". Salvador: Edufba, 2004.
SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. "Exclusão Digital: A Miséria na Era da Informação". São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2001.
SORJ, Bernardo. "brasil@povo.com: a luta contra a desigualdade na Sociedade da Informação". Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.; Brasília, DF: Unesco, 2003.
WARSCHAUER, Mark. "Technology and social inclusion: rethinking the digital divide". London: MIT Press, 2003.
REUNIAO DO GPC DE 24 DE AGOSTO DE 2006
1. Exposição
André Lemos apresentou o projeto de pesquisa atualmente submetido para avaliação,
TECNOLOGIAS SEM FIO DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO, CIDADES E NOVOS TERRITÓRIOS INFORMACIONAIS. SMART MOBS, ANOTAÇÕES URBANAS, GEOLOCALIZAÇÃO/MAPPING, WIRELESS STREET GAMES
O projeto é um prolongamento da pesquisa “Cidade, Comunicação e TICS”. O objetivo agora é estudar a relação entre mobilidade, comunicação, tecnologias sem fios e espaço urbano. Poucos estudos na área de comunicação enfrentam essa problemática. A hipótese de pesquisa dessa nova proposta pode ser colocada da seguinte forma: as novas tecnologias de informação e comunicação, principalmente aquelas que funcionam com processos sem fio, possibilitam novas práticas de mobilidade comunicacional e criam dinâmicas sociais que buscam novas formas de apropriação dos espaços urbanos das grandes metrópoles. Trata-se de processos de criação de territórios informacionais (controle e acesso a informação, em mobilidade, nos espaços urbanos das metrópoles contemporâneas). Podemos ver essa hipótese sendo atualizada em algumas práticas recentes.
Busca-se, nessa pesquisa, aprofundar o conceito e mostrar a existência de territórios informacionais nas cinco categorias analíticas escolhidas para essa pesquisa. Para elucidar essa hipótese de pesquisa iremos estudar algumas práticas sócio-comunicacionais que podem ser agrupadas em quatro grandes territórios informacionais: 1. Smart mobs - mobilização política com a disseminação de SMS, conhecida como “smart mobs”; 2. Mapping e geolocalização - formas de territorialização e controle do território a partir de possibilidades de mapeamento do espaço físico através de dispositivos como celulares de terceira geração, Palms, GPSs e internet sem fio, Wi-Fi/Wi-MAX; 3. Anotações Urbanas - Novas formas de “anotações urbanas” a partir dos mais diversos dispositivos móveis, como celulares, Palms, Wi-Fi/Wi-MAX, etiquetas RFID e tecnologia Bluetootth; incluímos aí as formas de arte que colocam em evidência a relação do espaço urbano e das novas tecnologias a partir de dispositivos móveis; 4. Wireless Street Games - jogos on-line a partir dessas tecnologias sem fio, tendo como local de jogo o espaço urbano de grandes cidades.
O objetivo é realizar uma pesquisa em dois eixos: 1. Teórico: visando compreender as tecnologias de comunicação, as práticas comunicacionais, a mobilidade social e o uso social do espaço urbano, busca-se aprofundar a compreensão dos conceitos envolvidos e descrever os novos territórios informacionais em jogo com a fusão da mobilidade, do ciberespaço e dos espaços urbanos das grandes metrópoles; 2. Analítico: onde analisaremos os quatro fenômenos emergentes e ainda sem estudo no Brasil: as "smart mobs", as "anotações urbanas eletrônicas", os chamados "mobile street games" e os "mapeamentos e geolocalizações”.
2. Questões emergentes
Questões que surgiram no debate e que deverão ser desenvolvidas:
1.definição mais precisa de território informacional
2.monitoramento de experiências brasileiras
3.relação entre arte eletrônica urbana e comunicação
3. Algumas Referências
AUERBACH, A. Interpreting urban screen. In First Monday, Special Issue #4: Urban Screens. In http://www.firstmonday.org/issues/special11_2/index.html.
BARNET, B. Infomobility and Technics: some travel notes. In CTheory. Vol. 28. N. 03, 27/10/2005, http://www.ctheory.net.
LEMOS, A. Cibercultura e Mobilidade. in LEMOS, André (org). Comunicaciones Móviles. In: Razón y Palabra, n. 41, Octubre/Noviembre 2004. México.
MURTHY, R. Story Space: A theoretical grounding for the new urban annotation. In: First Monday, Special Issue #4: Urban Screens. In: http://www.firstmonday.org/issues/special11_2/index.html.
TOWNSEND, A. Wired / Unwired: The Urban Geography of Digital Networks. PhD dissertation, MIT, September 2003.
URRY, J. Mobile Sociology. In: British Journal of Sociology. Vol. N. 51, issue n. 1 (january/march 2000), pp. 185-203.
Café Científico promove palestra com André Lemos
O Café Científico, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (UFBA/UEFS) e pela LDM – Livraria Multicampi, terá continuidade em outubro com seu ciclo de palestras que visa discutir desenvolvimentos recentes das várias ciências e seus impactos sociais.
O evento que acontecerá no dia 09/10/2006 às 18 horas e terá como convidado o Professor Dr. André Luiz Martins Lemos da Faculdade de Comunicação/UFBA. Na oportunidade o convidado discorrerá sobre o tema Cibercultura: Tecnologia e Vida Social na Cultura Contemporânea. A palestra acontecerá na Livraria LDM,localizada na rua direira da Piedade e com entrada gratuita sem necessidade de inscrição.
Maiores Informações através do telefone(71) 3263-6568 ou acessando o sítio: http://www.cafescientifique.org.
Rob Shields
O GPC recebe com enorme prazer, dentro das atividades do Ciberpesquisa e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Facom/UFBa), o professor canadense Rob Shields por um período de 6 a 8 meses. Rob chega dia 21 de setembro. No GPC ele fará conferências, participará de disciplinas na Pós e na Graduação da Facom, além de participar das atividades regulares do GPC.

Rob Shields é professor da University of Alberta, atualmente ocupa a Henry Marshall Tory Chair em Sociology/Art and Design. Rob é editor da revista
Space and Culture e tem diversos artigos e livros sobre internet, virtual, espaço urbano.
Os mais importantes são: Lifestyle Shopping (ed. 1993), Places on the Margin (Outstanding Book of the Year 1991), Cultures of Internet (ed. 1996), do qual participei escrevendo um capítulo sobre o Minitel, The Virtual (2003) e Building Tomorrow (co-edited with André Manseau, 2005).
Para mais informações sobre o Rob veja seu
site.